quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Serial Loser

Dois de paus na manga, encaro os jogadores nos olhos,
e, sobre a mesa, deixo a escritura da casa.

Sempre de malas prontas, pronto pra qualquer viagem
de volta.

Quixote, de pés e dentes puídos,
os moinhos me dilaceram, as ovelhas me mordem.

À mosca, não ponho medo, nem apetite.

Navegante interminável
dos naufrágios próprios,
sobrevivente das próprias ilusões,
empurrado da prancha das alheias.

Um ponto perdido no mar, entre balões,
tentando derreter geleiras.

3 comentários:

Edu Neves disse...

Mandou bem Ned Kelly!

JM disse...

Como de costume: foda!
Farvel,

Anônimo disse...

Ficar no navio alheio é bom, porém reduzido. Em certos casos é melhor ser jogado ou se jogar no mar... às vezes se pode ser surpreendido com um adorável resgate.

;)