Lua
descendo
reflete
Miroir na praia.
Pedra
onde ondas
defletem
Meu roer, na praia.
Foz:
um rio
me repete:
Vou morrer na praia.
descendo
reflete
Miroir na praia.
Pedra
onde ondas
defletem
Meu roer, na praia.
Foz:
um rio
me repete:
Vou morrer na praia.
4 comentários:
Renato, é bem interessante esse encontro de luz e escuridão; esse verso e reverso de sentimentos que desembocam na foz, tornando tão ampla as possibilidades, dentre elas, o ato que poderia ser até banal - se não estivéssemos falando de desejos, sim no entre linhas, entre as linhas - que é o 'morrer na praia' nossa de cada dia, náufragos do cotidiano e das ilusões (?).
Gostei imenso. Como lhe disse, oxigenar a poesia é preciso, e você tem fôlego de sobra para isso.
Abração!
;)
Ainda bem que sempre se pode virar para a foz e dizer: Eu sei nadar.
Né?
Beijo, 532.
"Meu roer na praia"
dentro deste contexto, me faz lembrar que a vida nos corroe, aos poucos, como as ondas que batem nas pedras e levam, pouco a pouco, estas pedras para o fundo do mar ou para o horizonte. Se for para o horizonte, encotraremos com a lua, se for para o fundo, é o que parece, as desilusões que os dias vividos nos oferece.
um forte abraço blues
Hasta!
Viver nadando
Manter a cabeça à tona
Evitar a praia
E assim não morrer
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