domingo, 27 de janeiro de 2008

Balada Absoluta


Homem
que mira à frente,
em cujo sangue correm
desembestados
os cavalos... todos eles.

Alma povoada de pólvora, sacrifício
e o calor depois das chuvas.
Corpo insone e voraz-
olhar de pântano, mãos conjugadas do carrasco e do mártir,
tripas de sal, secura de amor bravio, enfuna no peito o ar espiralado das pipas que encontraram seu fio mortal.
A obra não termina, a fabulosa jornada selada nas pupilas e entre os dedos.
Senhor dos caminhos e martelo dos obstáculos, segue e se agiganta a cada passo... impulsiona novamente o mundo.
Apruma tempo e espaço nos moldes dos músculos.


4 comentários:

Anônimo disse...

Re-nato,

Li num arrepio só.

Lembrei de um diálogo com o Lemão:

- Rapaz, mas isso é orgulho...

- Tire o orgulho de homem pra você ver o que sobra: um saco de carne, osso e bosta.

Obrigado, general.

Anônimo disse...

Evidentemente que teu poema precisa de um olhar mais atento para poder buscar o teu processo criador e aquelas ladainhas literárias de praxe, porém para quem sabe ler poesia e as sente em sua profundidade sem os olhos acadêmicos é um poema do caralho - entendeu, entendeu?

Robson santos

Anônimo disse...

A-firmo
Con-firmo
Firme é seu orgulho.
Orgulhe-se sempre. Firmemente.

Renato disse...

Sem dor, sem dor... é um gigante ou um rato que comeu fermento?