De longe
vejo ela
e só a vejo.
E,
de longe,
o menino que fui,
sorri,
e se arruma,
se perfuma,
cata flores dispersas
de várias cores,
faz um buquê,
e vem assoviando,
pelo caminho.
Ela não se dá conta,
e se dá, não diz,
de que, quando eu me chego
e aceno, ou cumprimento,
e pergunto como está a vida,
se está tudo bem,
se está feliz,
é o menino quem o faz
através de mim.
Mas o menino,
confiante e corajoso,
caminha pelo tempo,
e nunca vai chegar
até aqui.
Então não consigo dizer
como eu a quero, como eu a sonho,
e que, dessa maneira,
eu sempre fiz
e sempre quis.
E fico aqui,
e ela lá,
e de longe,
de bem muito longe
o menino
tenta me alcançar.
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