Dispo-me da nudez perfeita
dos erros.
Sou inteiro, mais uma vez,
ao abraço balsâmico do Outono.
Manhã de céu, manhã de mim,
o sol sorve o maná que deixei, o meu caminho,
meus passos mortos, meu mortal salto, meu vôo livre.
É Outono... venço!
Há viço e voracidade, em cada pena trocada, tocada pelo vento.
Há fio novo, de corte certeiro, de chuva de flechas. Há vida sobre os destroços
dos escudos quebrados, dos casulos rasgados.
É Outono... a cavalaria chega e fende o cerco cáustico do Verão.
O Sol me envia seus diplomatas, capitula, resgata a paz,
refém de um poço de sangue
que, novamente, bombeia.
O céu anuncia, em nuvens brancas,
seu maravilhoso retorno.
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Um comentário:
Há um tom de otimismo nessa poesia que me agrada.
Que a paz retorne em definitivo.
Estou ausente do face por tempo indeterminado, para o meu próprio bem.
Mas estarei sempre de olho nas postagens do meu genial amigo.
Abraço.
Robson
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