domingo, 18 de setembro de 2016

O rio
é vítima
de suas próprias margens.

domingo, 4 de setembro de 2016

Famélico



Tenho,
por ti,
esta fome,
que não dói
nem incomoda.

É uma fome alquimista,
que traz fórmulas secretas
de ligas perfeitas,
de ouro destilado.

Fome de comer,
no seu corpo
as frutas de toda estação.

Eu te olho de longe,
e com fome,
fome isquêmica
que me causa
paralisias
e tremores.

Fome suicida,
que quer muito morrer,
mas que quer ser sentida.